Pudor
Pudor é uma reação emocional pela qual uma pessoa
tende a proteger a sua intimidade e a sentir vergonha do que possa invadi-la ou
comprometê-la.
Sinônimo de recato, pudicícia, o constrangimento e o
mal estar que essa vergonha suscita está intimamente ligado ao padrão cultural
em que tal reação se cristaliza.
Dessa maneira, o pudor é subjetivo e sua evidencia
pode ser avaliada pelo meio onde o indivíduo vive, pelas suas atitudes sociais
no relacionamento com as pessoas e pelas atitudes e riscos que corre ao se
expor ou não.
É possível dizer que os indivíduos tenham
diversidade de pudor de acordo com a criação e de acordo com o lugar e situação
em que se encontram.
O traje usado nas regiões mais quentes costuma ser
mais exíguo, tendendo a expor mais o corpo e diminuir o pudor das pessoas pela
exposição.
Tenho notado nas fotos publicadas na internet,
especialmente no Facebook onde transito mais, que as roupas usadas pela maioria
das garotas nas baladas é bem mais curta e decotada do que as que elas usam no
dia a dia para trabalhar ou mesmo para ir ás compras.
Seria possível distinguir o pudor pela exposição do
corpo em lugares diversos como a praia ou a igreja? Acredito que sim. O uso de
cada tipo de roupa está intimamente ligado ao local onde ela é usada e é
difícil falar em falta de pudor pelo uso de biquínis e sungas nas praias.
E o que dizer quando as fotos tiradas nas praias e
nas baladas ou mesmo em trabalhos que exigem o uso de tais roupas, são
utilizadas por terceiros de maneira imprópria, que delas se apropriam, postando
textos pejorativos, mentirosos e constrangedores?
Uma coisa deve ser dita. O crime está no uso
indevido das imagens e não pode ser imputado a quem produziu e as utilizou
legitimamente no tempo e no espaço.
Isso quer dizer, que as imagens publicadas e
veiculadas na internet por meio de autorização ou contrato ficam de domínio
público para visualização nos veículos que foram publicadas, não sendo exigível
do contratante que retire das peças publicitárias originais, nem que seja
responsabilizado pelo uso indevido ou criminoso por terceiros ainda que findo o
prazo do contrato.
E mais, o pudor ainda que subjetivo, deve ser
analisado sempre à luz do comportamento das pessoas, sendo difícil creditar
pudor a quem não tem ou não teve pudor.
O falso pudor é simulação e a simulação não é
contemplada no rol dos direitos.
Marinho Guzman
A vida é uma caixa de surpresas e pode ser bem diferente para cada um.
A experiência aumenta a possibilidade de errar
menos, mas não garante que não se vá errar mais.
A conduta irrepreensível não prova que estamos
absolutamente certos e
é difícil avaliar quando e quanto estamos errados.
É melhor você não ficar atirando pedras por aí
porque pecar é humano, perdoar é divino e para todos chegará o dia que vamos
precisar de uma mãozinha e é melhor que ela venha sem pedras.
Marinho Guzman
Cherie
Parabéns prá você!
Todos os dias passam pelos meus olhos os parabéns
que mães extremosas dão aos seus filhos, filhos amorosos aos pais, amigos e
amigas exaltando o nobre sentimento da amizade.
Maridos e esposas brindam a união que faz dois terem
a força de um exercito pronto a enfrentar as difíceis batalhas que aparecem na
vida.
Cada um sabe como e porque diz o que diz para os
seus queridos.
São treze anos que estamos juntos e foram raros os
dias que nós não brindamos de verdade ou que eu deixei de te parabenizar pela
menina mulher maravilhosa que você é.
Todos os dias na hora do almoço ou do jantar e até
mesmo quando nos encontramos na geladeira ou no filtro para beber água, nós
nunca deixamos de bater os copos, numa alegre exteriorização do que vai pelas
nossas cabeças e que mora nos nossos corações.
Não raro quando vamos dormir eu te digo:-Boa noite,
agora vou dormir e te encontrar nos meus sonhos e quando acordamos eu abro a
janela e a luz logo me inspira, olho para você e digo: Boooommm diaaaa!!! Mais
um glorioso dia ao seu lado. Tem gente que nem acredita.
Ás vezes leio que todos os casais brigam ou
discutem. Nós não! Qualquer dúvida é resolvida na hora e não dá tempo para
remoer frases ou palavras que são só frases e palavras e que se parecem
ríspidas no momento é porque não foram bem empregadas. Nossa relação não tem
senões.
Diferente da maioria dos casais, vivemos vinte e
quatro horas olho no olho.Trabalhamos juntos, vamos juntos a quase todos os
lugares.
O que nos motiva são gostos parecidos. Nossa
sintonia é tão fina que eu desligado, só percebo quando você me alerta que
colocamos roupas da mesma cor, lembramos de coisas incríveis ao mesmo tempo e
quando um demonstra um desejo o outro vem com a ideia certa e pronta.
Treze anos e eu poderia ficar escrevendo palavras,
linhas, páginas e até um livro desse nosso companheirismo a toda prova.
Acho que essas palavras são suficientes para marcar
a data.
O resto vem depois, veio antes e virá a cada momento
em que continuarmos respirando o mesmo ar, olhando na mesma direção, para os
mesmos objetivos e coisas, tendo os mesmos ideais.
Se eu escrevesse só três palavras, com a força que
eu as sinto, elas seriam suficientes para dizer tudo.
Eu te amo!
Marinho Guzman
Antigamente a gente tomava cuba libre...
Boates passaram a ser chamadas de baladas e eu nem
percebi, porque esse é o tipo de lugar, quando você entende como funciona, já
chegou a hora de fazer coisa melhor.
Mas a época à qual me refiro, idos de mil novecentos
e sessenta e quatro,
para nós era o máximo.
Aos dezessete anos não havia nada melhor e mais
emocionante, principalmente porque era proibido.
A boate aqui era O Jogral, na Rua Augusta, onde
fomos festejar os dezoito anos do amigo Luiz César Pannain.
Não tenham dúvidas que era um lugar mal frequentado
e isso incluía cantores, atores e atrizes,(famosos,iniciantes,frustrados e
decadentes), bêbados de todas as categorias, jovens afim de uma trepada rápida
e velhos procurando putas novas.
Putas e mais putas, para atender todas as
preferências e isso talvez fosse o melhor, o que a gente procurava.
A maioria de nós era imberbe e o Luiz Cezar era uma
exceção com a sua barba e bigode bem cuidados que lhe davam uma aparência de
mais velho e isso fazia diferença com as mais novas.
Note que nós íamos só, não tínhamos garotas para
levar porque naquele tempo as namoradas nem saiam sozinhas à noite.
A bebida da moda era a cuba libre, Coca-Cola com rum
e hoje eu não tomaria essa beberragem nem que me pagassem muito dinheiro mas na
época a gente tomava, pagava e ainda tinha muita sorte se conseguisse gelo
suficiente para diluir a porcaria tornando-a palatável, porque sem gelo
qualquer purgante seria certamente melhor.
Entramos no Jogral com carteiras de estudante falsas
junto com o equivalente a uns vinte reais para o porteiro.
Quem deveria fiscalizar era o Juizado de Menores e a
gente identificava facilmente o cara pelo paletó surrado, bem apertado, mangas
muito curtas e pela gravata fina e amassada que provavelmente passava mais
tempo no bolso do que no pescoço não combinando nada com a calça jeans.
Invariavelmente o cara estava entretido com alguma
puta designada pelo dono para distraí-lo e sempre havia um copo de bebida disfarçado
por perto.
Anos depois, na década de oitenta, tentaram
moralizar essa fiscalização e o Vito Arouca foi voluntário. Contam algumas
garotas que ele era inflexível, não permitindo a entrada de menores. Alguns
afirmam que ele, quando eram garotas, as levava para casa (para a dele).
Mas voltando à comemoração dos dezoito anos do
Pannain, nós eramos uns seis moleques deslumbrados tentando impressionar as
meninas que certamente tinha mais horas de sexo do que nós de conversa, e
dá-lhe cuba-libre.
Lá pelas tantas vejo um movimento estranho, as
garotas abandonando rapidamente a mesa e o Luiz Cezar com a cabeça apoiada na
parede.
Vou encurtar o episódio que acabou com a festa,
espantou meia boate e dá um fim cômico-melancólico nessa crônica da saudosa
juventude.
O Luiz Cezar vomitou na moça!!! Ontem mesmo quando
relembramos o episódio ele disse que não foi na moça, que ele havia vomitado
atrás da poltrona e foi o cheiro que espantou todo mundo.
Mas há depoimentos em contrário...
Cuba libre nunca mais!
Marinho Guzman
Eu não sou macaco não.
Tem gente que não consegue parar de aparecer e tem
mais gente ainda que não consegue aparecer e pega carona até em bonde errado.
O gesto espontâneo do Daniel Alves foi realmente
marcante, queira ele dizer o que disse, ou o que cada um de milhares de pessoas
sugeriram, inclusive eu.
Depois disso foi um tal de misturar alhos com
bugalhos, gente assumindo a sua porção animal com ou sem consciência da
consciência negra, que deu para perceber que preconceito e ignorância não
escolhem a cor da pele e muita morena que já foi loira aproveitou a
oportunidade para usar a banana, antes símbolo fálico como símbolo da luta
contra a segregação racial.
Dou por encerrada a minha participação e vou dar uma
banana para o assunto.
Chega! Fui!
Marinho Guzman
Quem ama o preto, o branco e o mameluco, bonito me parece.
A caça às bruxas e aos preconceitos está beirando as
raias da loucura.
No afã de acabar com odiosos sentimentos que por
milhares de anos estigmatizaram seres humanos, tentando transformá-los em
categorias inferiores, alguns setores da sociedade correm o risco de uma nova
Inquisição.
Vejo na TV, portanto uma notícia sem a profundidade
desejável, que um dirigente esportivo dos Estados Unidos foi banido do esporte,
teve a sua vida pessoal e financeira arruinada com punições homéricas e
certamente nunca mais vai poder sair na rua, porque sempre vai ter alguém
disposto a dar-lhe um soco na cara ou até mesmo uns tiros. Execraram-no!
Me parece castigo demais para um cochicho ao pé do
ouvido da namorada, se bem que é um grande passo na conscientização da falta de
educação que virou crime. Ninguém falou na invasão da privacidade do cara que
tem uns oitenta anos, todos eles vividos num país altamente preconceituoso
desde a sua criação.
Mas deixando o azarado dirigente do lado,
parabenizando esse novo e civilizado sentimento de aceitar as diferenças dos
seres humanos e saber que cada um pode a preferência sexual que quiser, seja de
que raça for, o intuito é mostrar que o castigo tem que ser proporcional ao
crime e com tanto menor assassinando negros e brancos, seria bom de vez em
quando puni-los com um pouco mais do que parca instrução, pouca saúde, nenhum
emprego e cadeia de vez em quando, essa com bolsa cadeia e visitas íntimas que
costumam gerar crianças.
O medo da caça às bruxas chegou aqui em casa.
Evita-se até discutir o assunto e quando troquei de carro e a minha querida
Amanda me perguntou:- Quando chega a nossa pretinha? Eu imediatamente
retruquei... por favor,vamos mudar o apelido da Santa Fé. Que tal La Negra? Soa
muito mais imponente e ninguém vai pensar em racismo...
Pano rápido!
Marinho Guzman
Atire a primeira banana aquele que nunca pecou...
Tem gente se aproveitando dessa onda para surfar
qualidades que não tem, nuns ataques modernosos de falsa piedade que enchem o
saco e tiram a alegria de quem sabe que as diferenças existem mas não estão nem
aí.
Se todo mundo fosse igual não seria necessário
proteger as crianças, os idosos nem os especiais.
Sinto na pele o preconceito por ter uma mulher
trinta anos mais nova. Não são as palavras que me fazem saber disso, nem nunca
teve alguém com coragem ou argumentos para propor qualquer discussão de que a
diferença de idade caracterize falta de caráter, vontade de se aproveitar de um
incauto ou que o amor possa ser menor ou diferente quando há diferença desse
tamanho.
Mas há alguns olhares e muitos escorregões de homens
despeitados e mulheres cujos peitos já caíram, que me fazem pensar que vai
demorar mais tempo para acabar com a falsidade de uma pessoa do que com todos
os preconceitos do mundo.
Marinho Guzman
Crianças que fazem crianças e ainda continuam crianças.
Chocante!
As imagens postadas nas redes sociais por garotas de
quatorze e quinze anos com suas “princesinhas”.
Duas crianças na mesma foto, dois seres indefesos
dividindo a mesma imagem e o que é pior o mesmo futuro nebuloso de quem
certamente dependerá muito mais dos outros, do que podem fazer por si próprios.
E tem mãe que acha bonito, avó que demonstra orgulho
de ser avó com pouco mais de trinta anos, pais de pouco mais de dezoito anos
que não podem pagar pensão e nem ao menos dar um tostão.
Escolhas mal feitas, juventudes perdidas, futuros
visivelmente problemáticos. Má formação intelectual e familiar que ocasionarão
outros episódios de desagregação familiar com seus corolários de abandono,
violência e repetições da indesejável maternidade precoce.
O Estado furta-se da responsabilidade pela
ineficiência dos seus mecanismos de ensino e saúde, pela má composição dos
Conselhos Tutelares que são eleitos sabem lá Deus como, tudo devidamente
desaparelhado pelo roubo de verbas por políticos corruptos eleitos pelo
eleitorado despreparado.
Marinho Guzman
Ou está no rolo ou está na merda.
Ninguém é mais convincente que o estelionatário.
Para ele, é uma questão de sobrevivência passar ares
de credibilidade, de honestidade e de segurança.
Quanto mais sóbria for a sua aparência, quanto
melhor ele se vestir, quanto melhor ele estiver seguro nas suas exposições,
mais perto estarão os incautos de levar um golpe, seja ele muito conhecido como
o cheque sem fundos ou adulterado ou inusitados como o da troca de carro.
O estelionatário aceita seu carro como parte de
pagamento de um bem mais caro, devolve algum dinheiro em espécie, deixa você
levar o carro na hora e promete tratar do financiamento.
Ops...como é mesmo?
Aceita seu carro, devolve dinheiro, financia a
diferença e você leva o carro na hora?
Isso mesmo.
Você deixa seu carro velho, assina o recibo de
venda, recebe uns 10% em dinheiro, leva um carro bem mais caro na hora e … Bem,
o financiamento não vai sair, o carro que você levou é de outra pessoa que
deixou em consignação e a essa hora o seu já virou dinheiro vivo na mão do
estelionatário.
Sempre há a possibilidade de você denunciar o cara
na delegacia mais próxima e a primeira informação de que você vai ter é de que
não é o primeiro, que já existem uns vinte boletins de ocorrência e o pior,
você não será o último porque o cara vai continuar a aplicar golpes e
dificilmente vai ser preso, quanto mais condenado e cumprir pena.
Para quem pensou que o título faz alusão ao
estelionatário está enganado.
Nesse caso quem está no rolo ou na merda é você.
Marinho Guzman
Répteis, anfíbios e batráquios.
Não há muito a fazer nas longas madrugadas, a não
ser dar vasão às reflexões lúbricas e filosóficas e eu não poderia perder a
oportunidade de discorrer sobre cobras, sapos, pererecas, anfíbios e batráquios
se lembrasse claramente a classificação das espécies.
Minha amiga Gisèle Marrese escreveu com propriedade
que para escapar dos falsos príncipes o negócio é não beijar os sapos.
Pela colocação rápida e precisa, logo me veio à
mente mulheres que beijam sapos e homens que veneram pererecas e as amigas
venenosas que andam por aí roubando príncipes consortes, caçadores de viúvas e
mocinhas ricas inocentes, essas uma espécie em extinção.
E como uma coisa leva à outra, mergulhei na ideia,
de que alguém como eu, que comeu quase tudo na vida, inclusive rã, deveria
dedicar algum tempo ao assunto.
Isso posto, bocejei, olhei para o relógio e resolvi
deixar o assunto para outro dia porque daqui a pouco preciso começar mais uma
jornada de trabalho e cobra que não anda não engole sapo.
Boa noite ou bom dia, porque vocês meus amigos,
lendo tanta bobagem merecem toda a minha consideração.
Rsss...
Marinho Guzman
Colocaram Guarujá nos trilhos e passaram com o trem em cima das esperanças da cidade.
A Alardeada recuperação econômico financeira de
Guarujá foi festejada com milhões de reais em fogos de artifício, milionários
shows de gosto duvidável, e dinheiro distribuído a rodo para escolas de samba,
que logo mais tocarão o samba do crioulo doido em algumas ruas, nos caminhões
de som que minarão a paciência do restinho de proprietários de imóveis da orla
da praia que ainda não se escafederam, com o cheiro de gordura oriundo dos
imundos restaurantes denominados ambulantes, barracas de praia que fritam
carne, peixe frutos do mar e o que mais se lhes for pedido.
Esse cheiro nauseante fica retido entre as barracas
e os prédios e faz com que nós nos lembremos das constantes promessas de
fiscalização para cumprimento da Lei que proíbe frituras nas praias e dos
constantes adiamentos mercê do apetite político pelo voto dos infratores.
Os dois monumentais restaurantes (em tamanho) na
areia da Praia de Pitangueiras, que foram um dia pequenos quiosques, o Thaiti e
o Avelino’s, estão em espaços públicos federais, e são admitidos pelas ultimas
administrações porque pagam importâncias (para mim irrisórias), ao Fundo Social
de Solidariedade do Município. Se levado em conta o dano visual, ambiental e a
concorrência que fazem aos demais restaurantes do Guarujá que pagam aluguel,
condomínio e IPTU deveriam ser sumariamente despejados, não ter seus contratos
sem licitação revalidados e sumariamente demolidos.
As muitas lâmpadas queimadas da avenida de praia
foram uma benesse para os trombadinhas e para que não se visse o lixo,os
pedintes e os flanelinhas.
Colocaram Guarujá nos trilhos, o trem passou por
cima da nossa reputação e nossos veranistas e turistas estão baldeando para
outras estações.
Isso era previsto e não tem nada de fantástico.
Marinho Guzman
Quando um advogado sem ética pleiteia um direito que não existe, vislumbrando honorários de trinta por cento ou mais, que vai receber de um postulante desonesto e mentiroso, ele se iguala ao cliente e a Justiça fica exatamente onde a temos visto, no limbo, discutindo o sexo dos anjos e o direito que se tem de ampla defesa.
Os Cartórios estão abarrotados e grande parte da
culpa é dos próprios advogados que não cumprem exatamente com as suas
obrigações.
Sim, os justos pagam pelos pecadores.
Marinho Guzman
Arrependimento eficaz
Errar é humano, persistir no erro é burrice e o arrependimento
eficaz deve ser sempre considerado como algo que evitou maior dano, prejuízo e
a punição deve ser proporcionalmente reduzida.
Mas tem gente que parece que não aprende.
Dia desses contei aqui a história de uma funcionária
que furtou o telefone celular de uma cliente que havia esquecido no provador da
loja.
Leia (
http://www.marinhoguzman.com/2014/03/celulares-caros-transformam-jovens.html?spref=fb
).
A funcionária achou o aparelho e sua obrigação seria
entregar à gerente que tentaria identificar a cliente. No caso, poucos minutos
depois de esquecer o telefone a cliente voltou à loja e demonstrou seu
desagrado com a notícia de que o aparelho não havia sido encontrado.
Bem, a funcionária depois de algum tempo e
possivelmente aconselhada pelo namorado me procurou e chorando contou o
ocorrido e entregou o aparelho. Disse-me que eu poderia mandá-la embora, que
ela faria um pedido de demissão e que eu por favor não levasse o caso adiante,
que ela não gostaria de encarar as demais funcionárias por vergonha.
Fui informado que a cliente havia deixado o nome e
telefone para o caso de o telefone ser encontrado, ligamos e o devolvemos.
Chamei a funcionária e disse que a sua atitude tinha
sido correta, que um jovem está sujeito a cometer erros e que a punição não
deveria manchar a sua vida. Expliquei que o arrependimento havia surtido efeito
e que eu já já havia pedido às demais funcionárias que não tocassem, por
piedade no assunto para não constrange-la ainda mais.
O episódio foi minimizado e parecia ter sido
esquecido até que o contrato de noventa dias da funcionária terminou, assim
como a temporada, que havia sido o motivo para sua contratação e ela foi
dispensada.
Recebi a citação para a reclamação trabalhista da
tal funcionária, recheada
de acusações e mentiras o que demonstra que ela não
aprendeu a lição, que o aparente arrependimento deveu-se ao alerta do namorado
de que o telefone tinha GPS, que na loja existem câmeras de segurança e que
portanto o furto seria descoberto com as todas as consequências legais.
Eu não me arrependo de ter dado a chance à jovem,
mas ela vai ter a oportunidade de arrepender-se de não ter aprendido a lição.
Marinho Guzman
Tem muita gente procurando alma gêmea e só encontra alma penada.
Minha querida Amanda Palma daria uma excelente
escritora.
Aliás, Amanda Palma é excelente em tudo que pensa,
imagina e faz.
Um dos seus grandes méritos foi encontrar um cara
maravilhoso e humilde como eu para dividir os prazeres da vida, emoldurado pela
minha beleza interior, exterior na Europa, de Mercedes, de avião ou de navio.
Então... (como dizem os de parco vocabulário), o
título do texto foi fornecido por Amanda Palma sugerindo que eu escrevesse
alguma coisa a respeito,uma vez que ela tem uma penca de amigas encalhadas.
É verdade, várias amigas da Amanda Palma não
encontraram a alma gêmea e vivem se lamuriando de tempos em tempos por trocar a
pseudo cara metade por ainda menos do que metade.
É... tem mulher que tem dedo podre para homem.
Pensam que encontraram o príncipe encantado e acabam
acordando com o ronco dos sapos.
Amanda é maravilhosa mas acho que essa ela não vai
perdoar e eu vou ter que dormir na sala...
Marinho Guzman
Falar mal dos outros.
Tem gente que vive falando mal dos outros.
E se você prestar atenção verá que os outros são
muitos, quase todo mundo que você conhece.
Quem fala “mal de todo mundo” certamente está
falando, falou o vai falar mal de você.
Marinho Guzman
Cuidar da vida alheia.
Já não fosse suficientemente feio se meter na vida
alheia, determinadas pessoas se arvoram em saber o que é melhor para elas.
Sem conhecer (porque ninguém verdadeiramente
conhece) o íntimo dos outros, algumas pessoas fazem sugestões, declaram
limitações, recomendam ações e muitas vezes querem até dizer como e porque
alguém tem que gastar seu próprio dinheiro.
Não tenho nenhum conselho a dar às pessoas que agem
dessa maneira, nem como fugir delas.
Limito-me a exercitar a difícil tarefa de não me
meter na vida dos outros, fugir de quem age dessa maneira e mostrar aos meus
queridos mais próximos como é bom cuidar da própria vida e deixar que cada um
cuide da sua.
Tem um velho ditado que diz que se cada um cuidar
das próprias trepadas, o desempenho será certamente melhor.
Só vendo!
Marinho Guzman
Arrepender-se do passado é negar a própria existência.
A experiência não é o que nos acontece mas o que a
gente faz com o que acontece.
O conhecimento não é o que você aprende mas como
você aplica esse conhecimento na vida.
As frases acima não são minhas ou eu me apropriei
das mesmas palavras que qualquer pessoa poderia usar para para descrever as
próprias experiências.
E o que é o saber e a experiência senão vivermos nós
mesmos o que os outros já sentiram e já viveram?
O saber não está na originalidade mas na aplicação
do conhecimento disponível, para que nós vivamos a nossa própria vida com a
originalidade dos nossos sentimentos.
Marinho Guzman
A visão distorcida da realidade coloca no prepotente arrogância, onde deveria existir a humildade de ser ignorante e mal educado.
Marinho Guzman
As lembranças são como as mulheres, a gente não as escolhe, elas é que escolhem a gente...
Por um instante volto cinquenta anos em alguns
segundos e me vejo sentado numa carteira de uma sala de aulas no colégio
interno de Campinas, em costumeiro castigo pelo mau comportamento.
Esse castigo, que nem lembro, talvez tenha sido por
uma briga no páteo ou alguma malcriação ao padre catequista, responsável pelo
cumprimento das tarefas que todo carma tem que expiar.
Era nessa sala que aos domingos enquanto os demais
assistiam a um filme bem antigo, no cinema, que comportava mais de mil alunos,
nós, “no castigo” fazíamos alguma tarefa como decorar poemas ou copiar livros
inteiros, o que demandava várias canetas esferográficas e muitos cadernos
brochura.
Foi por causa do mau comportamento que eu fui
interno, foi por causa dos castigos que eu li e copiei vários livros, por causa
do padre catequista que eu expiei muitos dos meus pecados.
E hoje, depois de mais de cinquenta anos me veio
essa lembrança nítida de que os caminhos estavam escritos, que o castigo merecido
e bem aplicado teve resultados positivos e que são as mulheres escolhem a
gente, mas somos nós que escolhemos os caminhos ...
Rsss..
Marinho Guzman
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