Para morrer basta estar vivo.
Há dias em que morrem mais notáveis do que em
outros.
Essa semana foram vários nomes expressivos.
A notícia aparece primeiro na internet, depois na
TV, nos jornais e logo depois nas revistas semanais e mensais.
Se forem artistas, suas pinturas e esculturas sobem
de valor e se forem escritores, músicos e cantores seus livros e discos somem
das prateleiras, logo aparecendo as edições especiais, comemorativas da vida,
da obra e morte do famoso.
O assunto logo é esquecido pela mídia voraz que vive
de assunto vivo e mortes recentes e se o famoso for muito famoso, poderá ser
lembrado depois de um ano, depois de cinco, dez e algumas vezes tem sido
comemorado o centenário da morte de alguns deles.
Há uns poucos pobres, incultos e miseráveis que
quando morrem são assunto e manchete.
Moradores de rua esfaqueados e bandidos são
manchete, mas para eles não há lembrança que dure mais do que a do jornal
diário, num prova inequívoca que a igualdade entre os homens é pura balela e
que nem todos são, nem nunca serão iguais, a não ser perante a Justiça Divina,
que iguala na morte o que nunca foi igual em vida.
Pouco sabemos do prêmio ou do castigo que nos
espera, mas há os que garantem que o inferno de uns é aqui e agora.
Marinho Guzman
Odeio ser lembrado, só porque você está precisando
de um favor.
Lembre-se de mim quando não precisar de nada e eu
lembrarei de você quando você estiver precisando de de mim.
Marinho Guzman
Tem gente que quer ser tão diferente, que acaba
sendo igual aos piores.
Marinho Guzman
As aparências não enganam, a gente é que se engana.
Gosto da frase nem tanto ao mar, nem tanto ao céu.
Há aparências que enganam até mesmo pessoas muito
experientes.
Mas a maioria das exteriorizações das pessoas
costuma dar a pista, de que aquele outro ditado “por fora bela viola, por
dentro pão bolorento” é muito comum no relacionamento social.
A exteriorização de qualquer coisa não é por si só
pecado.
O grande pecado é a falsidade com a finalidade de enganar
as pessoas, visando de qualquer forma tentar “vender gato por lebre”.
A lição é a seguinte: ”nem tudo é o que parece”
portanto, à menor dúvida não deixe de pesquisar e analisar as grandes ofertas,
os resultados miraculosos e a pessoas aparentemente perfeitas.
Por trás de um grande homem costuma existir uma
grande mulher! Mas pode também ser um outro homem!
Marinho Guzman
Vidente boa deveria ser rica, casada e feliz.
Elas prometem mostrar o caminho da fortuna, afastar
as rivais, trazer de volta o amor perdido e o que mais você sonhar.
Só que não, diria Amanda Palma que nunca foi de
frequentar ciganas e advinhas.
Também, com um marido sincero, fiel, rico, bonito e
modesto como eu, pra quê?
Marinho Guzman
Viver em sociedade.
Tenho sérias dúvidas para conviver em sociedade nos
dias de hoje.
No Google você encontra mil e um conselhos.
Calma, educação e paciência ocupam sempre os
primeiros lugares.
Levam em conta um padrão mínimo de comportamento,
nível de educação e a obrigação de manter as aparências, custe o que custar.
Morar no mesmo prédio, frequentar o mesmo clube,
estudar na mesma escola me parece padrão razoável.
Mas imagine você indo morar numa dessas favelas,
ainda que de bairro chique, com paredes de lata, papelão e madeira, janelas que
são simples aberturas com cortina de plástico, tendo como vizinha uma mulher
com seis filhos menores que nunca frequentaram a escola e o marido na cadeia,
preso por latrocínio, onde vai ficar por uns bons anos.
Ops!!! Fui longe demais e não era lá que eu queria
chegar.
Há um ditado que diz que você tira o indivíduo da
favela, mas não tira a favela do indivíduo.
Mas o que dizer do vizinho ao lado, profissional
liberal famoso, um casal de filhos universitários, a mulher voluntária de três
vezes por semana num dos maiores hospitais de São Paulo.
Vira e mexe esquecem tudo e partem para a agressão
física e verbal e eu tenho que aguentar o barraco.
Se eu for reclamar é capaz de tomar uns tiros,como
aconteceu recentemente em São Paulo.
Sugestões aqui mesmo ou para meu e-mail:
somefodo@nunguetomais.com.br
Marinho Guzman
Uma questão
de gosto.
Tenho visto um pessoal mais velho, ainda que mais
novo do que eu, recriminando a maneira de ser dos mais jovens.
A música, o barulho, os cabelos pintados de várias
cores, as roupas ainda mais extravagantes do que nos anos sessenta, as
tatuagens múltiplas, a liberalidade sexual e agora a constitucionalização do
homossexualismo, com a legalização do “sagrado matrimônio”.
Lembro do meu pai quando eu punha na vitrola Chubby
Checker, The Beatles, Rita Pavone e outros, nos anos sessenta.
Ele não reclamava mas dizia que aquilo não era
música, só barulho e gritaria.
Sou dos que recriminam os mais jovens por não
saberem tabuada, nada de história, nada de geografia, nem sabem escrever
direito.
Não vou dizer quanta coisa alguns dos mais jovens
não sabem e que pensam que não vai fazer falta.
Para esses eu digo que a seleção será natural.
Só os preparados terão sucesso na vida profissional.
Alguns ainda que médicos, advogados e engenheiros, estarão sempre entre os que
ganham menos, quando o trabalho é honesto.
Quanto a essa grande polêmica a respeito do
movimento gay, sou a favor da liberalização total e irrestrita.
Não é porque uns são bichas tresloucadas, que todos
devem ser discriminados.
É do estilista Giorgio Armani a frase:- “Seja gay
mas não se vista como um” Ás vezes uma frase, ainda que chula, diz mais que
todo um tratado. Para mim, um palmo longe do meu c…., qualquer c….é bom.
Marinho Guzman
Vinte e dois de maio de dois mil e quinze.
Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os
mesmos.
Todo dia o mundo muda um pouco e todo dia a gente muda com ele.
Algumas vezes sentimos por uma fração de segundo,
momentos de dúvida, de surpresa, de confusão ou de indecisão, algo que parece
uma lembrança, uma coisa que já vimos, alguém que a gente já conheceu, um lugar
que já estivemos, momentos que já vivemos.
Essa impressão pode vir com algumas sensações.
Pode ser boa, de que já resolvemos um problema ou de
preocupação, porque teremos que viver novamente uma experiência ruim.
Tudo,quase sempre com muita ansiedade.
Os franceses têm uma palavra para isso: dèjà vu.
Vinte e três de maio de dois mil e quinze.
Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os
mesmos.
Marinho Guzman
Castigo.
No dia a dia a gente encontra pessoas que se acham
certas, mesmo que estejam erradas. Sabem tudo, discordam de tudo, sempre acham
alguma coisa errada no que a gente fala ou faz.
Você nunca vai me encontrar numa discussão dessas.
Como num passe de mágica sumo, deixando a pessoa
falando sozinha.
Mas quando você escreve e publica é diferente, os
chatos aparecem do nada, você escreve uma coisa e eles entendem outra, dão
palpite onde não foram chamados, acham que você esqueceu de mencionar uma coisa
ou não deveria ter escrito outra. Nesse caso é melhor não responder nem
polemizar.
Há também leitores atentos e com opiniões válidas e
esses são importantes pois a gente nunca sabe tudo e aprende com isso.
Sempre existe a possibilidade de apagar o que os
chatos escrevem e bloquear os inconvenientes.
Um bom texto não impõem uma ideia, tenta mostrar que
qualquer assunto pode ter uma ou mais abordagens e coloca a própria.
Você não precisa concordar com um texto, mas se
acrescenta subsídios às suas ideias, permitindo que você reforce pontos fracos,
corrija algo que não está muito bom, mude para melhor ou aprenda qualquer
coisa, você aproveitou o texto e então ele é um ótimo texto.
Quanto aos chatos e inconvenientes, o castigo deles
é serem como eles são.
Marinho Guzman
Algumas mulheres usam saias tão curtas, calcinhas
tão pequenas e decotes tão grandes que a economia de pano daria para andar com
uma fronha na bolsa para esconder a cara na hora H.
Marinho Guzman
O navio parece um circo.
O comportamento das pessoas tem muito a ver com
costumes locais, tradição e educação.
Um navio fazendo cruzeiro internacional é o local
ideal para você observar as pessoas.
Homens e mulheres em roupa de gala dividem o espaço
com outros de shorts e bermudas, mini saias e biquínis minúsculos.
O que parece normal para uns, incomoda outros, mas
para a maioria o respeito pelo próximo é regra.
Ainda assim dá para perceber, por exemplo, que a semelhança
entre japoneses e outros com olhos amendoados termina aí.
Japoneses são silenciosos, calmos e educados, já os
outros, via de regra, são deselegantes e porcalhões para o nosso padrão.
Brasileiros quando viajam em família não destoam,
mas quando em pequenos ou grandes grupos, mostram alterações de comportamento e
não escondem a falta de educação e respeito comum no nosso país.
Argentinos falam num tom mais alto que a maioria e
podem ser confundidos com italianos quando começam a gesticular freneticamente
e falar todos ao mesmo tempo ou quando tentam um diálogo, todo mundo querendo
fazer valer seu ponto de vista.
A maioria dos americanos fala baixo, não faz
gritaria, mas em alguns grupos, até de mais velhos, quando rola bebida, os
homens devem falar coisas muito engraçadas, pois as mulheres desandam a
gargalhar frenética e estupidamente a cada frase.
Minorias étnicas radicada nos países do Reino Unido
vindos das colônias, parecem que tem só servem para empanar a fleuma britânica.
São na maioria mal educados, barulhentos, andam em pequenos bandos fazendo
alarido nos seus dialetos, só são ingleses porque colonizados pelos ingleses.
Uma vergonha!
O termo politicamente correto tenta estabelecer
regras para o comportamento que deveriam ser obedecidas por todo mundo.
De certa forma não deixa de ser uma certa censura e
a discussão tão vasta, muitas vezes se perde do ponto central do assunto.
Uma coisa é certa, num navio com mais de mil e
novecentos passageiros a beleza da mulher brasileira dá de dez a zero em todas
as demais, calando a boca de gregos e troianas.
Bonitas, elegantes, não fazem feio, a não ser umas
senhoras de meia idade e idade inteira, cheias de plásticas, botox e próteses
mamárias, com joias verdadeiras ou falsas pagando de gatinhas, o que as tornam
verdadeiros seres extraterrestres.
Tudo aqui parece um circo. Colorido e às vezes
barulhento como os palhaços em algazarra, outras vezes silencioso, como
momentos de perigo no trapézio ou no suspense de alguns truques do mágico.
Mas como nos bons circos, a gente se diverte e o o
espetáculo se repete todos os dias, pois o show tem que continuar.
Marinho Guzman
Roupas, costumes e os ternos do Albert Einstein.
Esse é um texto machista e tem um ou dois parágrafos
com fatos dos anos sessenta a oitenta Que eu preciso contar.
Não compactuo muito (rsss….) com todas as ideias e
peço às minhas amigas, mulheres inteligentes, que não leiam o texto a não ser
que queiram corroborar com a errônea ideia de que mulheres são tão curiosas que
preferem se horrorizar e reclamar, do que deixar de espiar, comentar e aí reclamar
do machismo dos homens.
Não leia esse texto, não curta e não comente e se o
fizer, por favor não reclame.
Grato!
Dizem que o homem começou a usar roupas para se
proteger das intempéries e a mulher para se exibir.
Depois, algumas teriam percebido que nuas fazem mais
sucesso e quanto menos roupa melhor.
Assim teriam aparecido as periguetes, que já tiveram
outros apelidos, nada que às compare às prostitutas profissionais, apesar delas
próprias viverem se chamando de “putinhas”.
Amanda lembra sempre umas amigas do interior que
usavam o termo biscate à vontade.
Já na minha época, eram chamadas de “prá frentéx” as
avançadinhas e “galinhas” as mais liberais, em ambos os casos, a roupa fazia
toda diferença.
Havia uma outra classificação, essa mais piadista,
que dizia que existiam três tipos de garotas por onde a gente andava
"caçando" de moto. As putas, as filhas da puta e as chatas.
"Putas as que davam para todo mundo,inclusive
prá gente, filhas da puta as que davam para todo mundo, menos prá gente e
chatas as que não davam para ninguém".
Nascemos nus e nus viveríamos não nos fosse
transmitido o costume que tem muito a ver com a vergonha do próprio corpo.
Nos países que tenho visitado, a vida cosmopolita
mistura mulheres de shorts e mini saia com outras completamente cobertas.
Algumas têm até uma espécie de tule que cobre até os olhos.
A roupa não faz o monge nem dá virtude a quem usa
burca e pelo andar da carruagem, mais uma ou duas gerações, não vão mais querer
usar essa cobertura negra que deve esquentar muito, mais muito mesmo no verão
que aqui, tem temperaturas que vão de 34 a 50 graus centígrados
Ainda sobre as roupas, há uma história não
comprovada, que instado a trocar de roupa para receber um jornalista, Albert
Einstein teria dito à sua assessora:- Se ele veio aqui para falar comigo pode
mandar entrar, se foi para ver minhas roupas leve-o aos meus guarda-roupas e
mostre os meus ternos.
Verdades, nuas e cruas.
Marinho Guzman
Escrever e ler.
Ler bem não é para qualquer um.
Ler um texto é em parte interpretar as palavras do
autor.
Mas isso não significa que você pode entender o que
quiser, nem reduzir ou aumentar o alcance das palavras.
Algumas pessoas desconhecendo o objetivo da
mensagem, porque estão pouco atentas ou porque têm ideia formada a respeito de
determinado assunto, sentem-se contrariadas e até mesmo ofendidas, com direito
de discordar, de achar que falta alguma coisa no texto ou que o autor deveria
ter chegado a uma outra conclusão.
Escrever é exteriorizar pensamentos e sentimentos
objetivos. Quando essas informações chegam ao leitor atento, encontram centenas
e milhares de experiências próprias que interagem, concordam, discordam e
produzem reações só dele.
O resultado dessa sinapse complexa é uma conclusão
do leitor, não podendo contemplar, dessa forma, o que o leitor acha que estava
escrito, o que não estava escrito ou o que quem escreveu nunca pretendeu
escrever.
Marinho Guzman
Qual o bem mais precioso que temos?
Cada dia que consigo uma conquista importante vem
essa pergunta.
Qual será o bem mais precioso que temos?
Alguns vão responder que é a vida estarão certos.
Ainda que simplista por exclusão, se não tivéssemos a vida, nada teríamos.
Seria então a saúde? Claro, a saúde é
importantíssima, muitos têm vida mas não têm saúde para vivê-la completamente,
como que está em coma ou tem uma doença que impede total ou parcialmente sua
integração na sociedade e na família.
Então para vivermos bem temos que ter vida e saúde.
Mas o que dizer de gente que vive miseravelmente, escravos da pobreza e da
ignorância que os impede até de saber os direitos que têm ou como podem
adquiri-los?
A resposta seria então cultura, bem que permite ao
homem conseguir quase tudo.
Vida, saúde e cultura se integram tornando a vida a
maravilha como é.
Mas até mesmo os mais humildes percebem que a
igualdade entre os homens termina, onde entra o dinheiro.
A maioria tem vida, saúde, adquire cultura mas não
pode fazer nenhuma das coisas que lhes enchem os olhos, como ter casa, carro,
bens, roupas de boa qualidade, ascensão social e educação superior.
Poucos não acreditam que o dinheiro está entre as
coisa importantes da vida. Todo mundo sabe que ainda que não seja fundamental
faz muita diferença.
Temos então alguém que tem vida, saúde, cultura, que
pode viajar e conhecer o mundo inteiro, com dinheiros suficientes para ter boa
educação, acesso aos melhores bens materiais que se pode comprar e uma bela
família.Terá tudo?
Acredito que não, o homem pode ter vida, saúde, ter
tudo que o dinheiro pode comprar, mas se não tiver tempo, nada realizará.
Assim, administre bem seu tempo em cada estágio da
vida e seja pródigo com ele, pois só se vive uma vez.
Marinho Guzman
Viajando...
A alternância entre o bom e o ruim, faz com que a
gente possa dar nota para as coisas.
Estou a quinze dias do final de uma viagem nota dez.
Quase dois meses olhando diariamente para coisas
novas, pessoas diferentes, culturas e costumes heterogêneos e nesse pouco tempo
deu para ver o que vai bem e o que vai mal no mundo.
Foi-se o tempo em que o turismo era coisa cara, só
disponível para milionários e muito ricos.
Hoje com pequena poupança e diversas facilidades
dadas por quem tem que diluir enormes custos em muita gente, a indústria que
mais cresce no mundo é a do turismo.
França, Inglaterra, Estados Unidos com Las Vegas e
Nova Iorque são os campeões e com mais dois ou três países, somam mais de um bilhão
de viajantes estrangeiros por ano. E esse número não vai parar.
Dubai espera receber cerca de cem milhões de
turistas por ano até 2.020, pequenos países da Ásia e do Oriente Médio como
Omã, esperam ter nos próximos anos metade do seu produto interno bruto oriundos
do turismo.
Se de uma parte vão muito bem os países que
administram bem seus recursos e se prepararam para esse momento, vão muito mal
alguns que se preocuparam só com as diferenças étnicas e religiosas e
beligerantes, trocaram a educação e cultura pelas armas.
Assunto vastíssimo, fico por aqui hoje.
Muscat, Capital de Omã, maio de 2.015.
#muitofeliz
Marinho Guzman
A pior coisa de ficar velho é que cada vez a gente
fica mais velho.
E a gente fica velho quando é velho, fica mais velho
quando é novo e tem gente que é novo mas parece velho.
A velhice começa com a primeira queda e termina com
muitos tombos.
Dizem que cair os cabelos é sinal de velhice e uma
questão genética.
Tem gente que fica careca aos vinte anos e até menos
e tem gente que fica com os cabelos brancos antes de ficar velho.
Por algum motivo, os cabelos são grande preocupação
para a maioria das pessoas.
As mulheres têm especial preocupação e cuidado com
os cabelos e as mais novas usam os cabelos tão grandes quanto possível,muitas
se negam a cortá-los e “cortar as pontas” parece que dói. À medida que ficam
mais velhas a preocupação não diminui, mas muitas passam a usá-lo mais curto
porque é muito mais prático.
Não tenho estatísticas mas acho que a maioria das
mulheres usa tinta nos cabelos. Umas, só para variar mesmo, outras porque acham
que ficam melhor com ele mais claro ou mais escuro.
É raro ver mulher com os cabelos parcialmente
brancos e mais raro ainda vê-las com eles todos brancos.
Não há quem não perceba que está ficando velho ao
ver uma foto de si próprio com dez anos a menos.
No perfil do Facebook, todo mundo escolhe uma foto
da qual goste mais e invariavelmente ela é menos atual do que a realidade.
Há quem não ligue para ficar velho ou mais velho,
alguns se se acham até melhor do que quando eram mais novos, mas até isso é uma
coisa passageira porque ninguém gosta de perder a mobilidade, a visão, a
audição e a vitalidade de quando era mais jovem.
Eu poderia escrever várias páginas sobre as
vantagens de ser jovem, de quanto é difícil e ruim ficar mais velho e depois
outras tantas rebatendo um monte de gente dizendo que ficar velho é natural, é
legal e que a maturidade traz paz, sabedoria e inegáveis vantagens.
Concordo que ficar mais velho possa ter umas coisas
legais, mas no geral, ficar mais velho um dia acaba deixando a gente muito
velho e ficar velho, no bom português, é uma merda….
Como diz minha querida Amanda Palma, eu começo
escrevendo bem mas invariavelmente esculhambo o texto. Juro que nem sempre fui
assim….
Isso é coisa de velho!
Marinho Guzman
Queriam trocar minha mulher por um camelo.
Muita gente nos alertou em 2.013 quando estávamos
para embarcar numa viagem que passaria por países árabes, inclusive pelo Egito,
dos perigos para turistas, especialmente mulheres novas, bonitas de cabelos e
peles claros.
Levamos numa boa, mas tomamos as devidas precauções.
Ninguém poderia esperar que um dia no Cairo, num
hotel cinco estrelas, o Mena House Cairo, um egípcio ou sei lá quem estava por
debaixo da roupa típica, puxou conversa comigo e perguntou se eu não trocaria
Amanda por um camelo.
Levei na brincadeira, dei risada com o cara e até
arrisquei uma piada no meu inglês sofrível, dizendo que eu não aceitaria um
camelo, mas pensaria numa proposta melhor.
Estamos em 2015 numa outra viagem, passando por
países árabes. Nesses dois anos, muitas vezes contei essa história para amigos
e todos rimos muito, inclusive a Amanda Palma.
Estivemos a poucos dias em Dubai, lugar que não
adianta ver em filme, ler ou ouvir histórias. Só quem vai a Dubai sabe de fato
a maravilha da cidade-Estado.
Estávamos no maior shopping do mundo, embevecidos
com a beleza, riqueza e outros adjetivos superlativos e eu disse para a Amanda:
-Acho que hoje dá negócio, veja como esses árabes ricos te olham. Se me
oferecerem três camelos acho que faço negócio.
Com a simplicidade sincera, simpática e mordaz de
sempre a Amanda disse:- Puxa, se alguém me dissesse que queria trocar você por
uma cervejinha, ou qualquer outra coisa, eu diria que topava ou poderia ficar
com você mesmo sem troca.
Rimos bastante e pensando bem, acho que vou parar
com essa brincadeira, pois ela pode pensar bem e certamente, em qualquer caso,
vai fazer um bom negócio
Marinho Guzman
Terminamos dois cruzeiros com emoção e o próximo,
com perigo de abordagem por piratas, promete ser com muita emoção.
Depois de trinta dias navegando no Rhapsody of The
Seas, começamos hoje a terceira e última parte dessa viagem maravilhosa. Serão
dezessete dias navegando de Dubai até Istambul na Turquia.
Nos dois últimos cruzeiros foram dias de emoção ao
rever Sydney, voltar à Índia e à Tailândia, conhecer a Ilha de Komodo com seus
famosos dragões, ver pela primeira vez Cingapura e testemunhar o feito
miraculoso dos homens que construíram Dubai, verdadeira porta de entrada para
um novo mundo, como escrito numa das paredes do magnífico, incomparável,
inacreditável Porto Rachid.
Não dá para esquecer nem explicar a experiência
mística e espiritual do Grande Buda em Phuket, na Índia.
Hoje, entre as informações para o próximo cruzeiro,
havia um impresso cujo assunto é: Aviso importante a respeito de possíveis
ataques de piratas.
Informa que, como todos sabem, a região do Golfo de
Aden tem sido palco, nos últimos anos, de ataques de piratas da Somália, que
sequestram navios e iates com o uso de armas pesadas e sob ameaça e grande
violência contra os passageiros, exigem resgate de milhões de dólares.
Faz várias recomendações, para os dias dezoito a
vinte e três de maio, quando o navio atravessa a área mais crítica, avisando
que alguns andares do navio serão interditados ao anoitecer, que áreas externas
poderão ter suas luzes reduzidas ou totalmente apagadas, que as cabines que têm
varanda e as externas, devem manter a luz das mesmas apagadas e as cortinas
fechadas, que a tripulação verificará e caso alguém esqueça de atender a
recomendação será alertado para fazê-lo.
Prossegue pedindo que nesses dias ninguém acene ao
cruzar com pequenos barcos de pesca, para não despertar curiosidade, pois caso
eles se aproximem o navio poderá até mesmo mudar o rumo o que é muito difícil e
demorado.
Dá instruções de como e para que áreas do navio os
passageiros devem se refugiar no improvável acontecimento de abordagem e
finaliza, acalmando a todos, que a companhia mantém monitoramento constante na
área e na atividade desses piratas, dispõe de pessoal treinado e armado para a
improvável abordagem, uma vez que navios do tipo do que nós viajamos não são
alvo preferencial dos bandidos, pela velocidade que desenvolve etc.etc.etc….
Termina avisando que no dia dezenove Às 10:30 a.m.
haverá informações e simulação dos procedimentos de emergência.
E se isso não é grande e forte emoção, muita emoção
mesmo,para esse cruzeiro, não sei o que mais esperar....
Marinho Guzman
A troca, o troco, o truque e o trocado.
Às vezes os casamentos acabam por causa de uma
troca.
Depois de alguma discussão cada um sai com o seu
trocado.
Não há truque para resolver razoavelmente esse problema,
a não ser que haja dor corno do trocado para dar o troco.
Marinho Guzman
Quando eu tinha uns dez anos as bancas de jornais e
revistas pareciam templos de prazer.
Pinduca, Capitão Marvel, Mandrake, Zorro, Bolinha,
Luluzinha, Mickey, Pato Donald, Fantasma e centenas de outros.
Sabedores de que a leitura ajudava na alfabetização,
na imaginação e no desenvolvimento geral das sinapses, meu pai, mãe, tios e
avós me presenteavam com pacotes dessas revistas.
Não importava que elas fossem repetidas, os
jornaleiros tinham prazer em trocá-las pois na mesma hora eu comprava muitas
outras.
Minha coleção era gigante. Estantes, armários,
caixas, nada era suficiente para guardar as revistas que esporadicamente eram
rearrumadas e lidas novamente.
Não sei em que época troquei as revistas em
quadrinhos pelos livros de bolso.
FBI e Giselle a espiã nua que abalou Paris são os
títulos que me ocorrem, nunca li uma Sabrina, mas eram dezenas com os mesmos
assuntos.
Espionagem, assaltos, xerifes e bandidos do velho
oeste, mágicos espiões, espiões mágicos, sempre as mesmas histórias, os mesmos
assuntos com troca de nomes e de lugares mas com o mesmo fim, o bem ganhando do
mal e eu procurando outro para ler.
A tal Giselle era uma coleção interminável da época
da Segunda Grande Guerra e tinha títulos para mim muito eróticos, como A espiã
estuprada, A espiã de calcinhas, sem calcinhas e com todo as a cores e tipos de
calcinhas, A espiã que derrotou a KGB e outros do naipe.
Assunto? Ela dava para todo mundo para descobrir
segredos de guerra e de Estado, cada vez que era pega, (sempre era) começava
sendo comida pelo agente que a prendeu, pelo capitão, pelo coronel, pelo
general, depois pelos carcereiros que além de comê-la a enchiam de porrada.
Cheia de hematomas ela era levada para um hospital,
comida pelo enfermeiro, por vários médicos, seduzia o cara da faxina que
facilitava sua fuga e no fim até eu tirava umas casquinhas….
Depois dos livros de bolso foi vez dos romances, Sherlock
Holmes, a coleção de Agatha Crhistie, Robin Hood, James Bond milhares de
outros.
Milhares porque certamente li milhares de revistas
em quadrinhos, livros de bolso, romances e livros sobre todos os assuntos
possíveis, descambando finalmente na internet, onde não bastasse ler, passei a
escrever bobagens nas redes sociais e estou aqui, até que o último leitor me
delete.
Daqui a pouco acordado ou não, em casa ou nesse
navio no meio do mar, meus dedos vêm sozinhos para o notebook. Escrevem e
postam textos às vezes interessantes, às vezes só umas lembranças bobas que não
tem nada a ver.
Tudo culpa da leitura, da imaginação que ela
desenvolveu e da paciência que vocês tem de ler, o que espero contribua para
fazer com vocês o que fez comigo, imaginar, sonhar, viajar sem sair do lugar e
contar histórias, muitas histórias, porque isso é muito legal.
Boa noite
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