Não importa quanto seu passado tenha sido glorioso,
nem o que te espera no futuro se o presente não der alegria de viver.
Marinho Guzman
Quem não te faz falta pouco te acrescentaria.
Marinho Guzman
Os que vão e os que ficam.
Ninguém fica velho antes do tempo e ninguém deveria
morrer antes dessa hora.
Ficar velho é algo que não se ensina porque não dá
para aprender.
E nesse caso, os conselhos valem pouco, porque de
verdade, para pouco servem.
Quem faz como os outros dizem, faz o dos outros, não
o seu próprio.
É nessa caminhada sem volta, onde é possível olhar
para trás mas impossível refazer qualquer coisa, ou fazer o que deixou de ser
feito que mora o arrependimento.
Alguns se arrependem muito, uns poucos não se
arrependem de nada e a maioria vive demais os últimos anos com essas lembranças
imutáveis.
Quem parte leva tudo dele consigo, deixa um pouco de
lembrança, e aquilo que um dia possa ter sido seu tesouro de nada valerá porque
só há uma certeza, do pó viemos e ao pó retornaremos.
Marinho Guzman
Você muda, mas a tatuagem não.
Muitas garotas estão aderindo à moda da tatuagem.
Acho legal, esteticamente a maioria agrada e a
qualidade dos profissionais tem melhorado consideravelmente.
Quem é ruim não consegue clientela boa, apesar de
estragar umas peles e deixar amargas recordações nas incautas.
Tirando umas imagens de péssimo gosto, a última moda
é gravar frases. É aí que reside o perigo! De erros de grafia e concordância, a
um gosto literário duvidoso, certas mensagens ocupam um espaço que poderia ser
bem melhor aproveitado se não tivessem nada.
No passado marinheiros usavam muito a frase “Amor só
de mãe” e
as prostitutas voluntariamente ou não estampavam o
nome dos seus cafetões.
Você muda, mas a tatuagem não.
Marinho Guzman
Estou perdendo a faculdade de indignar-me.
O som alto num quiosque da Enseada às sete horas da
manhã dá para ser ouvido no meu apartamento na Praia de Pitangueiras.
Uns jovens e outros nem tanto, balançam visivelmente
embriagados os corpos, as latas de cerveja e copos de bebida mais forte ao som
estridente e de má qualidade que profere frases de apologia às drogas e ao
crime.
Antigamente eu me indignava pela cidade, pela
degradação que apresentávamos aos cidadãos e visitantes, pela falta de educação
do povo.
Hoje não mais.
Incomodado busco meu quarto, protegido por janelas à
prova de ruídos, ligo a televisão e em poucos minutos estou novamente dormindo,
imune à agressão ao meu direito e à minha cidadania, deixando para quem ainda
não esteja empedernido, a árdua tarefa da qual não sou mais capaz.
Exercitar a indignação.
Marinho Guzman
A hora certa e o lugar errado...
Às vezes a gente é pego, quase sempre de surpresa,
no lugar errado e na hora errada, mas é certo, já estivemos todos no lugar
certo, na hora certa.
E já que é brutal a diferença nas consequências,
costumo me perguntar várias vezes, se estou no lugar certo, já que a hora é
agora e não dá para mudar e cheguei à conclusão, que está muito difícil mudar
de lugar a qualquer hora e que a variável possível, quase sempre, é estar com
as pessoas certas, todas as horas, em qualquer lugar.
Marinho Guzman
Inspiração também tem crise.
Trafego numa maré de falta total de inspiração.
Antes a leitura do jornal ou da falecida VEJA, de um
comercial qualquer de TV, ou uma simples frase afloravam a inspiração em
ligação direta com meus comunicativos dedos.
Hoje nada!
As notícias políticas mudaram para as páginas
policiais e têm mais comentaristas do que “comadres em salão de beleza da
periferia”. As notícias do futebol pouco me interessam, uma vez que o meu São
Paulo Futebol Clube perde mais do que ganha
O espaço restante é tomado pelos chamados crimes
hediondos, já que na impossibilidade de conter a criminalidade,”inspirados”
aumentaram as penas proporcionalmente à diminuição das vagas nas cadeias.
É tempo das tornozeleiras eletrônicas, já em falta,
uma vez que são importadas, e há temor que as nacionais já venham com a senha
para o bandido torná-la inoperante.
E assim caminha o domingo, eu sem inspiração e a
televisão cheia de idiotas “inspirados”.
Marinho Guzman
A vida é um grande aprendizado.
Nos primeiros anos tudo é novo e não é muito fácil
aceitar princípios concebidos por gente mais velha como os pais, e até de gente
que nunca se ouviu falar.
Não há prioridades, há imediatidades, que pouco
levam em conta as consequências.
O mais importante é viver intensamente o tempo que passa
lerdo na época das aulas e voa nos fins de semana, férias e feriados.
Para os jovens a noite nunca é escura, no máximo tem
sombras e elas dão realce, mais cor e mais temperatura a certos mistérios que
parecem encantados.
Pouco importa o que possa esconder alguns perigos, o
que importa é viver a aventura da vez.
Mais velhos, a gente começa a perceber que as
responsabilidades ocupam mais e mais o nosso tempo.
Trabalho, casamento, filhos, algumas doenças, os
pais que envelhecem.
É a gente aprendendo que a vida pode ser doce, mas
também tem o seu lado amargo.
A gente envelhece mais e aprende mais, percebe que
aprendeu por todo o tempo mas ainda é surpreendido por descobertas incríveis,
como sorrir e sofrer pelos filhos e pelos filhos dos filhos, sentir pelos
amigos que nos deixam, pelo companheiro ou companheira que parte.
Nessa hora a gente ainda aprende que a vida termina
sempre desastrosamente com a morte.
Mas a jornada segue para quem fica, aprendemos a
controlar a saudade para seguir em frente, aprendendo com os outros que
passaram pelo que passamos e deixaram escrito, que dessa partiremos para uma
melhor.
Marinho Guzman
A gente se engana, se engana muito, mas não se
engana sempre e o futuro se encarrega de consertar algumas situações dúbias,
apagar mentiras e dar castigos, deixando claro que o perdão repõe, já que não
recompõe, cada coisa no seu lugar.
Jamais neguei ter errado, jamais me enganei
colocando a minha culpa em outras pessoas, não culpei quem por ignorância,
raiva e má criação tentou me fazer mal ou subverter a verdade para fugir à
própria parcela de culpa.
Assumo meus erros e acho que já paguei por eles o
que deveria ter pago. Nem mais nem menos.
E por ter tido boa formação e saber reconhecer meus
defeitos que se tornaram erros, por ter pago por eles o que a vida me cobrou,
sinto-me perdoado pelo que fiz e por não ter pago pelo que tentaram me
impingir.
Quem quer que depois de quase quarenta anos tente me
fazer sentir culpado pelos seus próprios erros e pela situação que atravessa
nos dias de hoje não merece crédito nem remorso, só esquecimento e claro,
perdão.
Marinho Guzman
O passado e os mortos precisam ser enterrados ou
incinerados, as lembranças boas devem ser preservadas e as más jamais
mencionadas.
A chama da ira não ilumina os caminhos, mas pode
queimar as mãos.
Marinho Guzman
A vida é uma só.
E tá muito bom!!!
Marinho Guzman
Não importa quanto seu passado tenha sido glorioso,
nem o que te espera no futuro se o presente não der alegria de viver.
Marinho Guzman
Quem não te faz falta pouco te acrescentaria.
Marinho Guzman
Os que vão e os que ficam.
Ninguém fica velho antes do tempo e ninguém deveria
morrer antes dessa hora.
Ficar velho é algo que não se ensina porque não dá
para aprender.
E nesse caso, os conselhos valem pouco, porque de
verdade, para pouco servem.
Quem faz como os outros dizem, faz o dos outros, não
o seu próprio.
É nessa caminhada sem volta, onde é possível olhar
para trás mas impossível refazer qualquer coisa, ou fazer o que deixou de ser
feito que mora o arrependimento.
Alguns se arrependem muito, uns poucos não se
arrependem de nada e a maioria vive demais os últimos anos com essas lembranças
imutáveis.
Quem parte leva tudo dele consigo, deixa um pouco de
lembrança, e aquilo que um dia possa ter sido seu tesouro de nada valerá porque
só há uma certeza, do pó viemos e ao pó retornaremos.
Marinho Guzman
Férias de mim
Não sei como, mas sei bem porquê, estou precisando
claramente tirar férias de mim.
É… uns dias longe… fora da rotina diária… se
possível sem falar ou pensar nas coisas que vivo todos os dias
ininterruptamente há tantos anos, tão iguais ou parecidas a cada dia, nessas
últimas 3.500 semanas.
Não pense que eu estou ficando louco, pois já estou
faz tempo.
A vida é assim, depois de umas horas a gente deita,
dorme e descansa, depois de uns dias de trabalho a gente tem um fim de semana,
de vez em quando a gente até tira férias, sai de parte da rotina, viaja, vê e
conhece gente, coisas e lugares novos, mas estamos atrelados a pensamentos que
teimam em ir e vir conosco, dia e noite a todos os lugares.
Se a gente pudesse tirar férias da gente por algum
tempo, viveríamos uns dias sendo outra pessoa e ainda que não se pudesse
escolher quem, esses dias serviriam para que a gente visse como somos felizes
nas nossas vidas, em sermos quem nós somos, ou quão miserável é a existência
para quem não é dono do próprio destino.
Estou precisando de férias… férias de mim.
Marinho Guzman
Você muda, mas a tatuagem não.
Muitas garotas estão aderindo à moda da tatuagem.
Acho legal, esteticamente a maioria agrada e a
qualidade dos profissionais tem melhorado consideravelmente.
Quem é ruim não consegue clientela boa, apesar de
estragar umas peles e deixar amargas recordações nas incautas.
Tirando umas imagens de péssimo gosto, a última moda
é gravar frases. É aí que reside o perigo! De erros de grafia e concordância, a
um gosto literário duvidoso, certas mensagens ocupam um espaço que poderia ser
bem melhor aproveitado se não tivessem nada.
No passado marinheiros usavam muito a frase “Amor só
de mãe” e
as prostitutas voluntariamente ou não estampavam o
nome dos seus cafetões.
Você muda, mas a tatuagem não.
Marinho Guzman
Estou perdendo a faculdade de indignar-me.
O som alto num quiosque da Enseada às sete horas da
manhã dá para ser ouvido no meu apartamento na Praia de Pitangueiras.
Uns jovens e outros nem tanto, balançam visivelmente
embriagados os corpos, as latas de cerveja e copos de bebida mais forte ao som
estridente e de má qualidade que profere frases de apologia às drogas e ao
crime.
Antigamente eu me indignava pela cidade, pela
degradação que apresentávamos aos cidadãos e visitantes, pela falta de educação
do povo.
Hoje não mais.
Incomodado busco meu quarto, protegido por janelas à
prova de ruídos, ligo a televisão e em poucos minutos estou novamente dormindo,
imune à agressão ao meu direito e à minha cidadania, deixando para quem ainda
não esteja empedernido, a árdua tarefa da qual não sou mais capaz.
Exercitar a indignação.
Marinho Guzman
A hora certa e o lugar errado...
Às vezes a gente é pego, quase sempre de surpresa,
no lugar errado e na hora errada, mas é certo, já estivemos todos no lugar
certo, na hora certa.
E já que é brutal a diferença nas consequências,
costumo me perguntar várias vezes, se estou no lugar certo, já que a hora é
agora e não dá para mudar e cheguei à conclusão, que está muito difícil mudar
de lugar a qualquer hora e que a variável possível, quase sempre, é estar com
as pessoas certas, todas as horas, em qualquer lugar.
Marinho Guzman
Inspiração também tem crise.
Trafego numa maré de falta total de inspiração.
Antes a leitura do jornal ou da falecida VEJA, de um
comercial qualquer de TV, ou uma simples frase afloravam a inspiração em
ligação direta com meus comunicativos dedos.
Hoje nada!
As notícias políticas mudaram para as páginas
policiais e têm mais comentaristas do que “comadres em salão de beleza da
periferia”. As notícias do futebol pouco me interessam, uma vez que o meu São
Paulo Futebol Clube perde mais do que ganha
O espaço restante é tomado pelos chamados crimes
hediondos, já que na impossibilidade de conter a criminalidade,”inspirados”
aumentaram as penas proporcionalmente à diminuição das vagas nas cadeias.
É tempo das tornozeleiras eletrônicas, já em falta,
uma vez que são importadas, e há temor que as nacionais já venham com a senha
para o bandido torná-la inoperante.
E assim caminha o domingo, eu sem inspiração e a
televisão cheia de idiotas “inspirados”.
Marinho Guzman
A vida é um grande aprendizado.
Nos primeiros anos tudo é novo e não é muito fácil
aceitar princípios concebidos por gente mais velha como os pais, e até de gente
que nunca se ouviu falar.
Não há prioridades, há imediatidades, que pouco
levam em conta as consequências.
O mais importante é viver intensamente o tempo que passa
lerdo na época das aulas e voa nos fins de semana, férias e feriados.
Para os jovens a noite nunca é escura, no máximo tem
sombras e elas dão realce, mais cor e mais temperatura a certos mistérios que
parecem encantados.
Pouco importa o que possa esconder alguns perigos, o
que importa é viver a aventura da vez.
Mais velhos, a gente começa a perceber que as
responsabilidades ocupam mais e mais o nosso tempo.
Trabalho, casamento, filhos, algumas doenças, os
pais que envelhecem.
É a gente aprendendo que a vida pode ser doce, mas
também tem o seu lado amargo.
A gente envelhece mais e aprende mais, percebe que
aprendeu por todo o tempo mas ainda é surpreendido por descobertas incríveis,
como sorrir e sofrer pelos filhos e pelos filhos dos filhos, sentir pelos
amigos que nos deixam, pelo companheiro ou companheira que parte.
Nessa hora a gente ainda aprende que a vida termina
sempre desastrosamente com a morte.
Mas a jornada segue para quem fica, aprendemos a
controlar a saudade para seguir em frente, aprendendo com os outros que
passaram pelo que passamos e deixaram escrito, que dessa partiremos para uma
melhor.
Marinho Guzman
A gente se engana, se engana muito, mas não se
engana sempre e o futuro se encarrega de consertar algumas situações dúbias,
apagar mentiras e dar castigos, deixando claro que o perdão repõe, já que não
recompõe, cada coisa no seu lugar.
Jamais neguei ter errado, jamais me enganei
colocando a minha culpa em outras pessoas, não culpei quem por ignorância,
raiva e má criação tentou me fazer mal ou subverter a verdade para fugir à
própria parcela de culpa.
Assumo meus erros e acho que já paguei por eles o
que deveria ter pago. Nem mais nem menos.
E por ter tido boa formação e saber reconhecer meus
defeitos que se tornaram erros, por ter pago por eles o que a vida me cobrou,
sinto-me perdoado pelo que fiz e por não ter pago pelo que tentaram me
impingir.
Quem quer que depois de quase quarenta anos tente me
fazer sentir culpado pelos seus próprios erros e pela situação que atravessa
nos dias de hoje não merece crédito nem remorso, só esquecimento e claro,
perdão.
Marinho Guzman
O passado e os mortos precisam ser enterrados ou
incinerados, as lembranças boas devem ser preservadas e as más jamais
mencionadas.
A chama da ira não ilumina os caminhos, mas pode
queimar as mãos.
Marinho Guzman
A vida é uma só.
E tá muito bom!!!
Marinho Guzman
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