Quando eu partir.
Partirei triste se deixar saudades.
Quisera deixar poucas lembranças, só as alegres e
que nenhuma lágrima fosse derramada, porque gostaria de não fazer muita falta
já que eu odiaria que viesse a faltar alguma coisa aos que amo.
Que ninguém pense que a minha vida foi vazia, triste
ou que tivesse me negado algo, muito pelo contrário.
Mas fadado ao inexorável fim da existência terrena e
da convivência tão boa meus queridos, seria egoismo partir e levar comigo a
alegria que lhes pertence e que precisam para sobreviver.
Marinho Guzman
Mulher mostra mas não é amostra.
Marinho Guzman
Serviços mal prestados não podem ser bem
remunerados.
A alegação dos políticos de que não há dinheiro
suficiente para a saúde e a educação esbarra no nível salarial incompatível
para com a falta de satisfação das necessidades públicas.
Precisamos baixar o salário dos políticos ao nível
dos serviços que são prestados ao publico.
Marinho Guzman
Escolhas erradas.
O falso sentimento de saber tudo e ter poder, pode
revelar falta de educação, de caráter e de humildade.
Há pessoas que galgam alguns degraus e pensam que já
subiram toda a escada.
Isso pode até ser verdade, porque muitas pessoas só
subirão escadas de três degraus.
O poder é efêmero, cargos são temporários e o
favorecimento pessoal muda com a necessidade de abrir espaço para novos
aliados.
Um experiente político me disse, que maus
administradores começam escolhendo seus colaboradores pelos adversários, para
mantê-los calados, perto e sob vigilância.
Terminam cercados de mercenários, que ao primeiro
sinal de naufrágio abandonam o navio como ratos, ou como ratos são afugentados
ou exterminados.
Marinho Guzman
É melhor fazer uma coisa bem feita do que dez mal
feitas.
Marinho Guzman
Mesmo correndo o grande risco de ser taxado de
homofóbico tenho que concordar com os que dizem que praia de paulista é
shopping e carnaval de paulista é a Parada Gay.
O Brasil tem mantido a tradição de estar nos
primeiros lugares em quase tudo.
Corrupção, analfabetismo e libertinagem lideram
folgado.
Estamos entre os últimos no índice de
desenvolvimento humano e no crescimento do PIB.
Marinho Guzman
O passado e os mortos precisam ser enterrados ou
incinerados, as lembranças boas devem ser preservadas e as más jamais
mencionadas.
A chama da ira não ilumina os caminhos, mas pode
queimar as mãos.
Marinho Guzman
Roupas que se encontram...
As diferenças entre homens e mulheres se acentuam
quando o assunto é roupa.
O homem costuma trocar de calça jeans
automaticamente depois de um ou dois dias de uso.
Ele pega mecanicamente outra no guarda-roupa e
muitas vezes, é tão parecida com a que ele estava que nem parece que trocou.
Examinar o guarda-roupa de um homem é como entrar
num jardim com pouca variedade de plantas e flores.
Já os armários das mulheres são verdadeiros jardins
botânicos.
Mesmo as mulheres mais organizadas, costumam ter as
gavetas e cabides tão abarrotados que é preciso desmontar com engenharia para
não cair tudo, ou caber tudo novamente no armário.
Sair de casa ou ir a uma festa é para a maioria das
mulheres um ritual tão grande como o próprio acontecimento.
Os preparativos da minha mulher para o casamento de
uma amiga de infância na semana passada quase me levaram à loucura. Ela ficou
louca!
Seria impossível descrever aqui, toda a situação que
começou com a compra de um vestido Armani vendido em um site Inglês e terminou
com a sexta ida ao cabeleireiro, para colocar o aplique de uma trança
(despojada), comprado num site americano.
Se você pensar que ainda restaram a maquiagem,
lingerie, sapatos, bolsa e mais adereços, pode imaginar porque eu não tenho
coragem, espaço nem saco para escrever e certamente você não teria tempo para
ler.
A festa foi um sucesso, minha mulher estava linda e
não aconteceu felizmente, o que prevê o título e o assunto dessa crônica. Não
tinha ninguém com uma roupa igual à dela.
Mulheres que se encontram nas festas ou na praia com
uma roupa igual ou um biquíni da mesma estampa são quase um caso de polícia...
Se um dia você entrar em algum lugar e der com uma
mulher tresloucada abandonando o ambiente como se tivesse sido picada por uma
cobra, pode ter certeza. Ela viu outra com uma roupa igual.
Pior do que isso, só quando a mulherada compra na
Zara, na Marisa, C&A, na Riachuelo ou na Renner. Essas lojas têm feito
roupas muito boas, desenhadas por estilistas famosos, baratas e que milhares de
outras mulheres já compraram.
A praia é um lugar onde todas as pessoas observam
mais as roupas, pela exiguidade, pela pela sacanagem e pelas belas estampas, de
uma beleza, que transforma esses pequenos panos em verdadeiras obras de arte,
aplicados nas mulheres.
Exagerei um pouco, certamente. Tem mulher que coloca
um maiô ou biquíni e parece que é uma lona, cobrindo um corpo atropelado...
Então o negócio é o seguinte. Se você é homem, não
se preocupe muito com a roupa, menos ainda com a sunga. Sunga estampada é para
vidado (assim mesmo, com i). Contente-se com uma que não ressalte a barriga ou
a bunda (porque senão você é viado mesmo).
Sungas brancas são para os indecisos...
Se você é uma mulher de bom gosto, dê uma olhada na
nossa loja virtual www.biquinis.tv. Com milhares de opções você nunca vai
correr o risco de encontrar ninguém na praia com um igual.
Lugar de roupa igual é na loja. Você é a vitrine e
tem que ser linda e original.
Marinho Guzman
Umas lembranças.
A gente se engana, se engana muito, mas não se
engana sempre e o futuro se encarrega de consertar algumas situações dúbias,
apagar mentiras e dar castigos, deixando claro que o perdão repõe, já que não
recompõe, cada coisa no seu lugar.
Jamais neguei ter errado, jamais me enganei
colocando a minha culpa em outras pessoas, não culpei quem por ignorância,
raiva e má-criação tentou me fazer mal ou subverter a verdade para fugir à
própria parcela de culpa.
Assumo meus erros e tenho pago por eles o que
deveria ter pago. Nem mais nem menos.
Por ter tido boa formação e saber reconhecer meus
defeitos que se tornaram erros, por ter pago por eles e não pelo que tentaram
me impingir, sinto-me perdoado.
Quem quer que depois de quase quarenta anos tente me
fazer sentir culpado pelos seus próprios erros e pela situação que atravessa
nos dias de hoje não merece crédito nem remorso, só esquecimento e claro,
perdão.
Marinho Guzman
Não há como encarar a morte, senão aceitá-la incondicionalmente.
Você pode até não aceitá-la, mas ela não o poupará
por isso.
Marinho Guzman
A culpa não é como uma caixa vazia que a gente joga
fora.
Marinho Guzman
Todo dia eu leio, ouço
e vejo dezenas de “especialistas” recomendando vida saudável, bons hábitos
alimentares, atividade física, vitaminas, sais minerais, cremes e outras tantas
coisas que a gente sabe que fazem bem à saúde.
Longe de mim dizer que
estão errados mas quem quer que tenha 69 anos e siga todas essas regras não vai
ter tempo para viver com satisfação dos setenta aos noventa.
Talvez seja melhor
quebrar algumas regras usando o bom senso e aproveitar que já fizemos o possível
para chegar até aqui com saúde e lembrar que muitas das antigas recomendações
já foram abolidas por absoluta falta de provas de eficiência concreta.
Seja condescendente com você mesmo, porque os
“especialistas” não são, mas nós não sabemos e ninguém garante que eles estejam
seguindo à risca as regras que tentam impor?
Marinho Guzman
Meu presente no dia dos namorados.
Dia desses peguei carona numa postagem do Facebook,
onde uma senhora reclamava veementemente que seu marido havia lhe dado de
presente no dia das mãe uma Air Fryer.
Chego a duvidar que alguém não saiba o que é uma Air
Fryer pois temos uma aqui em casa e depois dela, minha querida Amanda tornou-se
uma “quase-chefe”, digna de ser convidada para o programa da Ana Maria Braga.
Quando começamos a namorar a Amanda não sabia nem
fazer café, hoje, depois da Air Fryer ela elabora uns pratos realmente
gostosos, a partir de produtos básicos semi-preparados, comprados no Pão de
Açúcar.
Fica tudo muito bom e eu recomendo para qualquer um
que não seja um gourmet, como eu não sou.
Lembro-me ainda, que quando eu tinha uns dez anos,
meu pai perguntou para minha mãe o que ela queria de presente no dia das mães e
ela pediu uma processadora, seja lá o que fosse essa coisa, que para mim
parecia um liquidificador. Minha mãe usou por muito tempo a engenhoca até que
eles se desquitaram e ela definitivamente desistiu do meu pai, da processadora,
do forno e do fogão.
Mas até onde eu sei, presente é aquilo que nos é
útil e o presente que mais uso, de todos o que a Amanda me deu é uma cafeteira
Dolce Gusto da Arno.
Não sei se você imagina meu prazer em fazer meu
próprio café expresso a qualquer hora, sem ter que seguir receitas, sujar a
cozinha toda e descobrir finalmente que o café ficou fraco ou frio.
Praticamente todas as vezes que eu faço o café lembro que a cafeteira foi
presente da Amanda e quando ela está por perto faço com que ela saiba o prazer
que ela me proporciona.
Encerrei meu aprendizado na cozinha depois de fazer
barbaridades com uma pipoca e queimar os braços ao tentar fazer um chá de
saquinho, ambos no micro-ondas.
Hoje nem olho para ele e tenho que esperar uns dez
minutos que o sorvete descongele em cima da pia para poder tirar da embalagem.
Micro-ondas assassino nunca mais, só opero a Dolce Gusto.
Mas voltando ao presente que a Amanda me deu nesse
dia dos namorados, tenho que confessar que depois de dezessete anos juntos
tenho certa prática em saber o que ela pretende a partir da primeira frase.
Ainda assim esse ano ela me surpreendeu.
Dias antes da data festiva, ela veio com aquela
conversinha a respeito das minhas lembranças da infância e da juventude e eu
contei a ela mais algumas passagens da minha tumultuada estada de dois anos de
internato no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas.
Contei como eu fugi várias vezes e embarcava sozinho
e clandestinamente nos ônibus da Cometa (eu tinha quatorze anos), contei que
para voltar ao colégio eu chantageava meu pai e assim consegui meu primeiro gravador
de fitas de rolo Geloso e minha segunda moto uma Leonette de 50cc.
Contei que a comida no internato não era das
melhores e que minha mãe levava todas as semanas bolachas, chocolates, queijos
e enlatados para complementar as refeições.
Tive que explicar o que era uma fiambrada pois ela
nunca havia visto ou ouvido falar e acreditamos que isso não era mais
produzido.
Fiambrada para quem não sabe, é uma mistura de
várias carnes únicas ou misturadas, que vêm numa lata diferente, com um dos
lados maior que o outro para facilitar a retirada sem que saia em pedaços etc.
Não foram poucas as aventuras que eu tive naquele
colégio interno e tenho muitas lembranças, a maioria péssimas, principalmente
porque além das férias a gente só tinha duas saídas, uma na Semana Santa e
outra na Semana da Pátria e eu por mau comportamento perdi todas durante todo o
tempo.
Bem, mas voltando às boas lembranças e aos
excelentes presentes que a Amanda me dá sempre, nesse dia dos namorados ela me
deu um embrulhinho bem-feito com um cartão.
No cartão, como de costume, lindas palavras e
abrindo o pacote tive a grata surpresa de descobrir uma legitima fiambrada de
R$4,80.
Amanda não quis nem experimentar, mas eu estou
amando!
Marinho Guzman
Para algumas mulheres uma máquina fotográfica nas
mãos de um fotógrafo é uma arma letal.
Uma questão de vida ou morte.
Marinho Guzman
Indignar-se com a situação de insegurança que
vivemos não é mais suficiente.
Todos os dias eu leio pelo menos meia dúzia de
textos, quando leio pouco, indignados com a insegurança que vivemos, mercê da
falta de dinheiro para aparelhar o Estado com escolas, creches, hospitais, um
sistema Judiciário eficiente e presídios para manter definitivamente os
criminosos de todos os gêneros que estão transformando o sonho dos brasileiros
em pesadelo.
Esse dinheiro existe e está sendo roubado
descaradamente pelos nossos governantes de todos os poderes e escalões.
Minha preocupação é com os muitos exemplos de
violência em países de todos os continentes onde a indignação se transformou em
ódio, o ódio em vingança cega e desenfreada, a execução da justiça pelas
próprias mãos e a tomada pelo poder pelo grupo que tiver mais força no
desgraçado momento.
É preciso trocar a indignação pela ação eficiente
antes que já não seja mais possível raciocinar corretamente.
Essa ação deve começar agora mesmo com a certeza de
que você que está lendo tem que fazer alguma coisa, qualquer coisa possível e
isso significa juntar-se aos bons, ou pelo menos, àqueles que comungam do seu
pensamento.
Literalmente, saia da zona de conforto e tire a sua
bunda da cadeira.
Marinho Guzman
Admitir os próprios erros.
Impossível para muitos, admitir os próprios erros
não é coisa fácil.
Confissão de pecados e pecadilhos, erros crassos e
outros nem tão graves, o acúmulo desses pesares pode ser entristecedor.
Quando você se entristece com possíveis injustiças
de que foi vítima, grande parte desse pesar pode ser debitado a alguém, mas
quando você tem convicção de que é vítima dos próprios erros o remédio pode ser
bem amargo.
É por isso que tanta gente vive pondo a culpa de
tudo nos outros.
Pura fuga momentânea que impede o aprendizado e a
opção por errar menos.
Marinho Guzman
A gente faz força para esquecer, finge que esquece,
mas sofre com algumas lembranças, e isso é não perdoar.
Dizem que errar é humano, perdoar é divino mas
esquecer é que são os diabos...
Marinho Guzman
Ouvir à
boca pequena pode ser coisa de gente de língua grande.
Marinho Guzman
Quem não aparece desaparece.
Amante do estilo denominado crônica li muitas, das
cerca de quinhentas escritas por Danuza Leão nos seus doze anos como colunista
do jornal Folha de São Paulo.
Nem o melhor dos melhores cronistas, exceto Heitor
Cony, podem se dar ao luxo de fazer sempre das suas cronicas um texto claro,
curto, inteligente e interessante, daqueles que a gente gostaria de ter escrito
ainda que fosse o único.
Mas a maioria das cronicas de Danuza Leão são ou
foram muito interessantes ao seu tempo a ponto de merecerem ser relidas e
servirem de inspiração.
Com saudades do seu estilo pesquisei no Google e fui
lembrado
pela cagueta da Wikipédia que ela tem oitenta e três
anos. Nova, se compararmos ao Cony que já fez noventa e um dia desses.
Não tenho notícias de que ela continue escrevendo em
algum jornal ou revista. Ela está esquecida. Mas eu não esqueço.
NAMOROFOBIA – DANUZA LEÃO
"A praga da década são os namorofóbicos. Homens
(e mulheres) estão cada vez mais arredios ao título de namorado, mesmo que, na
prática, namorem. Uma coisa muito estranha. Saem, fazem sexo, vão ao cinema,
frequentam as respectivas casas, tudo numa frequência de namorados, mas não
admitem. Têm alguns que até têm o cuidado de quebrar a constância só para não
criar jurisprudência, como se diria em juridiquês. Podem sair várias vezes numa
semana, mas aí tem que dar uns intervalos regulamentares, que é para não
parecer namoro. – É tua namorada?- Não, a gente tá ficando. – Ficando aonde,
cara pálida? Negam o namoro até a morte, como se namoro fosse casamento, como
se o título fizesse o monge, como se namorar fosse outorgar um título de
propriedade. Devem temer que ao chamar de namorada (o) a criatura se transforme
numa dominadora sádica, que vai arrastar a presa para o covil, fazer enxoval,
comprar alianças, apresentar para a parentada toda e falar de casamento – não
vai. Não a menos que seja um (a) psicopata. Mais pata que psico. Namorar é
leve, é bom, é gostoso. Se interessar pelo outro e ligar pra ver se está tudo
bem, pode não ser cobrança, pode ser saudade, vontade de estar junto, de
dividir. A coisa é tão grave e levada a extremos que pode tudo, menos chamar de
namorado. Pode viajar junto, dormir junto, até ir ao supermercado junto (há
meses!), mas não se pode pronunciar a palavra macabra: NAMORO. Antes, o
problema era outro: CASAMENTO. Ui. Vá de retro! Cruz credo! Desafasta. Agora é
o namoro, que deveria ser o test drive, a experiência, com toda a leveza do
mundo. Daqui a pouco, o problema vai ser qualquer tipo de relacionamento que
possa durar mais que uma noite e significar um envolvimento maior que saber o
nome. Do que o medo? Da responsabilidade? Da cobrança? De gostar? Sempre que a
gente se envolve com alguém tem que ter cuidado….Não é porque 'a gente tá
ficando' que não se deve respeito, carinho e cuidado. Não é porque 'a gente tá
ficando' que você vai para cama num dia e no outro finge que não conhece e isso
não dói ou que não é filhadaputice. Não é porque 'a gente tá ficando' que o
outro passa a ser mais um número no rol das experiências sexuais - e só. Ou é?
Tô ficando velha? Se estiver, paciência. Comigo, só namorando!!!"
Marinho Guzman
Alegria com a desgraça alheia...
Ninguém em sã consciência deseja que alguém próximo
tenha problemas.
Isso ocorre muito comigo, fico até sensibilizado
pelos problemas de quem não sou próximo ou mesmo de quem tenho alguma
restrição.
Mas é demais pedir a qualquer ser humano, dentre os
quais me incluo, que eu fique triste quando algum filho da puta que te ferrou
sofra um revés pelas atitudes que tem.
Parece que tem gente que fica procurando confusão e
acha!
Eu não fico feliz com a desgraça dessa gente.
Só acho que cada um tem o que merece...
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