Quando
os primeiros raios de sol entram pelas frestas da janela, driblam a
cortina e conseguem clarear ligeiramente o quarto, é hora de
levantar.
Os
pensamentos confusos, podem ser os de um sonho, mas são rapidamente
substituídos pela realidade de mais um dia da nossa história.
Quase
tudo é mecânico e quando o olhar encontra o espelho do banheiro, é
possível ver, numa fração de tempo, toda trajetória de vida
exteriorizada nas rugas, tais quais digitais.
Não
sei se todo mundo acorda igual, mas a vida moderna tem se encarregado
de massificar quase tudo, inclusive o dia a dia.
Mega
cidades com dezenas de milhões de pessoas, estradas de muitas
pistas, avenidas largas com intermináveis congestionamentos, metrôs
lotados, estádios com milhares e milhares de pessoas, todas torcendo
para apenas dois times.
Em
todo lugar há multidões andando de um lado para outro, num esforço
hercúleo e insano para conseguir alguma coisa que satisfará
necessidades efêmeras.
E
eu matutando, sem medir esforços, para entender porquê e para que
tudo isso. Qual será a mola propulsora para atingir os objetivos?
Quais são os objetivos?
Os
últimos raios de sol deixam o horizonte. Fecho a janela e as
cortinas impedem a entrada de qualquer luz.
No
escuro, espero o sono e um possível sonho esclarecedor. Por que a
gente sonha dormindo e quase nunca realiza os sonhos, quando está acordado?
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