Por
um instante volto cinquenta anos em alguns segundos e me vejo
sentado numa carteira de uma sala de aulas no colégio interno de
Campinas, em costumeiro castigo pelo mau comportamento.
Esse
castigo, que nem lembro, talvez tenha sido por uma briga no páteo
ou alguma malcriação ao padre catequista, responsável pelo
cumprimento das tarefas que todo carma tem que cumprir.
Era
nessa sala que aos domingos enquanto os demais assistiam a um filme
bem antigo, no cinema, que comportava mais de mil alunos, nós, “no
castigo” fazíamos alguma tarefa como decorar poemas ou copiar
livros inteiros, o que demandava várias canetas esferográficas e
muitos cadernos brochura.
Foi
por causa do mau comportamento que eu fui interno, foi por causa dos
castigos que eu li e copiei vários livros, por causa do padre
catequista que eu expiei muitos dos meus pecados.
E
hoje, depois de mais de cinquenta anos me veio essa lembrança nítida
de que os caminhos estavam escritos, que o castigo merecido e bem
aplicado teve resultados positivos e que são as mulheres escolhem a
gente, mas somos nós que escolhemos os caminhos ...
Rsss...
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