Acordei e vi pela janela a praia maravilhosa de
sempre.
O mar estava calmo, o sol se movia lentamente.
Eram muitas as
sombras, às sete e meia daquela manhã inesquecível do longínquo novembro.
Ao longe, cerca de trezentos metros, parecia só um
ponto vermelho na areia cinza e se aproximava lentamente.
Duzentos e
cinquenta, duzentos e vinte, duzentos, cento e sessenta metros.
Daí, já dava para ver que o ponto vermelho era um
biquíni e que o contorno de um corpo escultural deixava mais que uma sombra,
deixava um rastro, que percebo indelével na memória.
Hoje é só uma lembrança, mas que poderia ter feito
a história da vida completamente diferente.
Não há passado que resista aos rumos que a vida
leva.
Esse é o presente e será o futuro.
Mas não há
passado que não especule outros rumos, outra vida, outro tudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário